Senhorio
Às 2 horas do dia 14 de abril
de 1912, enquanto o transatlântico inglês Titanic afundava, a orquestra
que acompanhava o cruzeiro tocava o hino "Mais Perto, meu Deus, de
ti!" Mais de 1,5 mil pessoas, além dos tripulantes, viajavam no navio considerado
o mais seguro do mundo, o orgulho da tecnologia naval da Inglaterra. Com seus
30 metros de altura e 271 de comprimento, era o maior, mais potente, mais
luxuoso e seguro transatlântico do mundo.
Entre as 1,5 mil pessoas que
faziam a viagem inaugural, estavam 325 membros da aristocracia, que durante os
seis dias de viagem participavam ativamente de bailes, festas e negócios
milionários. Às 22 horas daquele dia, um iceberg avistado a 500 metros, cerca
de 30 minutos depois, começava a promover gritos frenéticos de uma multidão em
desespero. O capitão do navio, Smith, demorou a ordenar o desvio da rota. Também,
em função da segurança que o navio oferecia, não houve a precaução de instalar
a bordo o número de botes suficientes para toda aquela gente, e apenas 705
pessoas puderam salvar-se neles. "Salve-se quem puder", ordenou
Smith, e depois se suicidou com um tiro. Entre 1.505 e 1.538 pessoas morreram.
O navio era tão seguro que
causava orgulho, a ponto de terem dito: "Nem Deus afunda este navio!"
Levanta-te, ó Deus, pleiteia a
tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia (Sl 74.22).
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